NOTAS SOLTAS E RUÍDOS ESCRITOS

sábado, 28 de junho de 2008

N.E.R.D. - Seeing Sounds











Após quatro anos, desde o lançamento do esquizodélico álbum, 'Fly or die', os Neptunes, Pharrel Williams e Chad Hugo, reaparecem com 'Seeing sounds', terceiro álbum de carreira do N.E.R.D. Lançado dia 10 de junho, o CD foi puxado pela enjoada, 'Everyone nose', seguida pelo single, 'Spaz', usado como trilha comercial para o Zune, ipod que a Microsoft tenta capitalizar.

Desde abril a banda de rock-hip-hop excursiona pelos EUA na turnê 'Glow in the dark', capitaneada por Kanye West, ao lado de Lupe Fiasco e Rihanna. Os festivais de verão europeus também aguardam a passagem da banda, que foi convidada pelo Kaider Chiefs para se apresentar no Isle of Wight. Mesmo com as irregulares cotações que o álbum recebe pelos mais diversos veículos da imprensa musical, Pharrell revela que não espera apenas sucesso ou lucro com seu projeto, mas, sim, expandir seus caminhos sonoros.

– Não ligamos para questão de gênero musical e não fazemos os discos do N.E.R.D. por dinheiro – disse Pharrell, recentemente, à imprensa. – Fazemos isso para as pessoas que estão com a gente no nosso movimento. Nossos fãs querem curtir e serem levados por uma montanha russa de sensações e única forma de oferecer isso é com um disco que exploda pelas caixas de som diversas sonoridades.

Seeing sounds não é um disco de noite, com hits de hip-hop ou dance, mas, sim, como o nome do trabalho revela, uma viagem sinestésica, como sempre, cheia de texturas e cores.

– É um disco de LSD, uma sonoridade drogada – destaca Chad Hugo. – É uma mistura de sensações que leva o ouvinte a experimentar uma audição repleta de cores, cheiros, gostos. É como se você visse algo que lhe remete a uma canção, ou você ouvir algo que lhe traga um gosto na boca. Esse disco foi criado a partir das imagens que víamos em cada música, por isso 'Seeing sounds' foi escolhido como título.

Não espere hits certeiros, nem fórmulas bem amarradas. 'Seeing sounds' é um álbum estranho, esquisito, a la Frankenstein. Bebe de pop, rock, dance, hip-hop-old school e trocentos outros universos sonoros. Cada faixa aponta para uma direção e a coesão do trabalho da banda repousa, ou melhor, se move justamente nessa bagunça sonora. Ouça com desprendimento e veja os sons:




Nenhum comentário: