Laura Marling é dona de uma carreira meteórica. Aos 16 anos já causava furor entre os fuçadores de música no Myspace; aos 17 assinou contrato com a ‘gigante’ EMI e aos 18 lança seu primeiro álbum solo, "Alas I cannot swim", recebido com láureas pela crítica, em resenhas que a apontam como digna representante de Joni Mitchell. Foi assim pelo The Independent, que cravou cinco estrelas para o disco, e, também, assim que ela se apresentou no Jools Holland antes mesmo de lançar seu álbum de estréia.
– Acredito que este é um grande momento para ser um artista novo, ou um artista alternativo. Mas definitivamente não é um bom momento para os que jogam pelo interesse em lucrar com o mercado mainstream de música – pondera Laura, direto de seu laptop, enquanto aguarda no backstage a hora de subir ao palco de uma igreja londrina.
O furor todo é pela pouca idade, mas não pelo que isso representa em termos numéricos, mas, sim, pelo que suas letras, poeticamente, apresentam. Pontos de vista, sacadas psicológicas bem desenvolvidas, narrativas que exprimem o desconforto com os sentimentos de tristeza, solidão e abandono. Laura descarta a previsibilidade da dor de cotovelo pós-adolescente e extrai da escuridão uma beleza, apesar de amarga, jovial e repleta de frescor.
– Existem influências muito claras no meu modo de compor e cantar. Cresci ouvindo Joni Mitchell e meu interesse pelas melodias vem dessa influência, já meu interesse em histórias e imagens do que canto vem de artistas como Diane Cluck e Charlotte Bronte – afirma.
Imagens, cenários e cenas, são fortes no trabalho sonoro e imagético de Laura, mas não resultado da grandiloqüência ou extravagância de arranjos. Muito pelo contrário, o minimalismo folk dá o tom da livre viagem elaborada em parceria com Charlie Fink, líder da banda indie-folk, Noah and the Whale.
– Conseguimos emprestar às canções perspectivas de uma jornada cinematográfica e relacioná-las aos temas propostos por cada letra – explica Laura. – Charlie é um parceiro muito esperto e trouxe muita coisa para o disco. Tenho muita sorte em tê-lo encontrado. Trabalhamos muito duro em conjunto para fazer esse álbum soar consistente. Adoro estar em estúdio, sou caseira, e isso geralmente significa que não vou ter que ficar fora por muito tempo.
– Acredito que este é um grande momento para ser um artista novo, ou um artista alternativo. Mas definitivamente não é um bom momento para os que jogam pelo interesse em lucrar com o mercado mainstream de música – pondera Laura, direto de seu laptop, enquanto aguarda no backstage a hora de subir ao palco de uma igreja londrina.
O furor todo é pela pouca idade, mas não pelo que isso representa em termos numéricos, mas, sim, pelo que suas letras, poeticamente, apresentam. Pontos de vista, sacadas psicológicas bem desenvolvidas, narrativas que exprimem o desconforto com os sentimentos de tristeza, solidão e abandono. Laura descarta a previsibilidade da dor de cotovelo pós-adolescente e extrai da escuridão uma beleza, apesar de amarga, jovial e repleta de frescor.
– Existem influências muito claras no meu modo de compor e cantar. Cresci ouvindo Joni Mitchell e meu interesse pelas melodias vem dessa influência, já meu interesse em histórias e imagens do que canto vem de artistas como Diane Cluck e Charlotte Bronte – afirma.
Imagens, cenários e cenas, são fortes no trabalho sonoro e imagético de Laura, mas não resultado da grandiloqüência ou extravagância de arranjos. Muito pelo contrário, o minimalismo folk dá o tom da livre viagem elaborada em parceria com Charlie Fink, líder da banda indie-folk, Noah and the Whale.
– Conseguimos emprestar às canções perspectivas de uma jornada cinematográfica e relacioná-las aos temas propostos por cada letra – explica Laura. – Charlie é um parceiro muito esperto e trouxe muita coisa para o disco. Tenho muita sorte em tê-lo encontrado. Trabalhamos muito duro em conjunto para fazer esse álbum soar consistente. Adoro estar em estúdio, sou caseira, e isso geralmente significa que não vou ter que ficar fora por muito tempo.
A maturidade da moça, no entanto, traveste-se de saudosismo, estampado nas idéias que permeiam o projeto gráfico do seu álbum. Desesperada com o avanço nada respeitoso do mercado digital e suas diversas mídias alternativas, queda de vendas de discos e mp3 de baixa qualidade, Laura mantém-se fiel defensora de vinis e dos projetos gráficos que fazem de um álbum não apenas um amontoado de faixas, mas, sim, um tesouro a ser colecionado. Além da edição em CD ela idealizou uma caixa de música, que contém postcards, algumas histórias, além de ingressos para sua turnê européia de lançamento.
– A idéia surgiu após uma conversa que tive com o dono do estúdio onde gravei o álbum. Ele disse que estava deprimido pela forma que o mercado da música estava sendo conduzido, porque ninguém mais compra discos e as pessoas se contentam em ouvir música a partir de mp3 de baixa qualidade, tratam a música como algo descartável. Quero que as pessoas voltem a amar e colecionar música. Foi assim que eu aprendi. Fico super assustada com a velocidade das coisas – revela.
Na rota contrária a incessante busca por novas Lilly Allen e Amy Winehouse, Marling navega pelas águas tranqüilas da música folk. Idéias inteligentes, um violão debaixo do braço e uma voz doce e pequena são o bastante para produzir um dos tesouros musicais do ano.
– Meu som vem de referências das mais antigas e de coisas muito novas. Excursionei com Johnny Flynn e ele é um letrista brilhante, me deixa completamente cega. Agora estou em turnê com Adam Green. Bonnie Prince Billie sempre foi uma grande influência e a partir dele eu descobri artistas como Adrian Orange, além de muitos outros que, em minha opinião, continuam a fazer a melhor música do mundo neste momento, mesmo sem vender muitos discos – diz Laura.
– A idéia surgiu após uma conversa que tive com o dono do estúdio onde gravei o álbum. Ele disse que estava deprimido pela forma que o mercado da música estava sendo conduzido, porque ninguém mais compra discos e as pessoas se contentam em ouvir música a partir de mp3 de baixa qualidade, tratam a música como algo descartável. Quero que as pessoas voltem a amar e colecionar música. Foi assim que eu aprendi. Fico super assustada com a velocidade das coisas – revela.
Na rota contrária a incessante busca por novas Lilly Allen e Amy Winehouse, Marling navega pelas águas tranqüilas da música folk. Idéias inteligentes, um violão debaixo do braço e uma voz doce e pequena são o bastante para produzir um dos tesouros musicais do ano.
– Meu som vem de referências das mais antigas e de coisas muito novas. Excursionei com Johnny Flynn e ele é um letrista brilhante, me deixa completamente cega. Agora estou em turnê com Adam Green. Bonnie Prince Billie sempre foi uma grande influência e a partir dele eu descobri artistas como Adrian Orange, além de muitos outros que, em minha opinião, continuam a fazer a melhor música do mundo neste momento, mesmo sem vender muitos discos – diz Laura.
* Entrevista realizada em março com Laura Marling, a artista desta semana do The New York Times.
Ghosts (Dir. James Copeland):
My manic and I (Dir. James Copeland):
Night terror (Dir. Max Knight):
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