A insustentável leveza de não se levar a sério

Como vocês podem perceber... – explico-me: "VOCÊS" é uma mera e irresponsável pretensão – ... não tive saco algum de tirar a gravação e transcrever para VOCÊS, louvados leitores, a deliciosa segunda parte da extensa entrevista com Caetano Veloso. E jogo na cara que foi um barato e, mesmo assim, não vou postar – até por que ninguém aguentaria mais Caetano repetir seu palavrório... Ou, não. Mas o melhor de tudo é que só tive paciência de fazer essa mea-culpa quase dois meses depois, o que, na verdade, acho um barato maior ainda – se levarmos em conta essa insaciável voracidade por estímulos mudernos a que tanto deixamos nos tragar. Não precisamos de posts-críticas-dicas-entrevistas-viagens-musicais diárias, não. Isso é balela, além de ser um puta saco. A ordem é: desculpas a VOCÊS, leitores, só após dois meses. Ó tempo, que maravilha te sentir assim: prolongado e menos urgente. Mas para cumprir a função que esse desorientado blog, desde sempre, deveria ter, vou logo ao que interessa e que nunca consegui dar cabo: dicas-musicais-urgentes-do-último-pentelésimo-de-segundo-sem-crítica-sem-foto-sem-droga-nenhuma:

Iggy Pop - Preliminaires
Eels - Hombre Lobo
Regina Spektor - Far
Melody Gardot - My one and only thrill
Branford Marsalis Quartet - Metamorphosen
Peaches - I feel cream
Fred Martins - Guanabara
Rodrigo Campos - São Mateus não é um lugar tão longe assim
Bruno Morais - A vontade superstar