– Eu amei fazer esse disco. Foi tão bom gravar guitarras novamente. Eu havia realmente esquecido que fazia isso tão bem – disse Murphy, numa entrevista recente.
Lapidado à exaustão, Stuck on nothing chegou às lojas há duas semanas e carrega nos versos “We're gonna start a new life, and see how it goes”, que embala o single Free energy, a centelha que moveu o grupo da acinzentada Minnesota aos estúdios da DFA Records, em Nova York.
– O disco é resultado de anos e anos de gravações. Algumas músicas são novas, mas há outras que eu e Paul (Spranger, vocalista) compusemos para bandas antigas. Foi um processo realmente longo, e eu nem me lembro quando realmente começamos a fazer as versões finais com James – lembra o guitarrista Scott Wells.
Ele encara as idas e vindas ao estúdio, assim como as mudanças na formação do grupo como um processo de aprendizado.
– Tocar com caras com quem nunca havia dividido um estúdio antes e conseguir construir uma massa sonora com o mínimo de coesão é algo realmente mágico – diz. – E agora perceber que tudo deu certo e que as pessoas estejam curtindo o nosso som é melhor ainda.
De Thin Lizzy a Cheap Trick
Respaldado pela crítica, o grupo, que é a atração de quarta-feira do talkshow de David Letterman, confere boas doses de ironia e diversão à seriedade do rock produzido atualmente. Lançando mão de distorções setentistas, sinalizam influências como Thin Lizzy, Fleetwood Mac, Tom Petty & the Heartbreakers e Cheap Trick, em canções como Drak trance e Hope child. No entanto, deixam a agressividade de lado em favor de uma combustão eufórica, desprendida e relaxada, que serve a refrões ganchudos muito mais afeitos ao power pop que ao rock de arena.
– James é um dos maiores responsáveis pelo clima descolado do disco. Ele reduz a estrutura do que tocamos aos movimentos mais básicos. Isso faz com que um movimento qualquer de slide ganhe uma potência enorme. Ele sabe como valorizar cada elemento, é muito meticuloso.
Canções ensolaradas como Dream city avalizam a ideia de uma sonoridade um tanto quanto “libertadora e para cima”, como diz Wells; sob medida para aturar a “rotina entediante dos escritórios, momentos difíceis num relacionamento amoroso ou as horas perdidas em meio ao trânsito caótico” das grandes cidades. Como se vê, Stuck on nothing é mais que um bom título, e, sim, perfeitamente adequado às intenções libertárias de versos como “We are young and still alive / And now the time is on our side”.
– Cantamos sobre o nosso crescimento, descobertas, amores, inspirações e toda a energia e desprendimento necessários para viver as belezas que encontramos por aí – diz. – Mas são as melodias, as linhas de guitarra e as dinâmicas que instruem o que devemos dizer. Os temas nascem do que os sons nos levam a pensar. As letras precisam estar perfeitamente conectadas com os arranjos.
A sintonia fina do Free Energy você ouve aqui:
Dark trance
Bang pop
E mais aqui: http://www.myspace.com/freeenergymusic
2 comentários:
Olá amigo, eu li seu blog, e achei muito inspirador. Você possue um conteúdo interessante e que se relaciona muito com o perfil do redepodcast.com.
Nós gostaríamos de indicar seu blog, e não terminando por aqui, lhe convidamos para uma entrevista, como parte de uma série de participações de blogueiros famosos e outras personalidades da rede e do mundo real, todos interconectados de uma certa forma.
Aguardamos com ansiedade sua resposta. Obrigado.
Vincenzzo Santini
■ thevinisantini@gmail.com
■ editor@redepodcast.com
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